Se você acredita que seu investimento lhe trará vantagem no longo prazo e que poderá durar 10 anos, um investimento com retorno ainda maior pode ser positivo. Você pode levar seriamente em conta o investimento com um retorno de seis a sete anos. Será mais arriscado, é claro, por que sua posição competitiva ao longo do tempo pode sofrer alterações.
Em seguida, calcule os “benefícios líquidos” da alternativa estratégica, os benefícios totais ao longo de cinco anos menos o custo do investimento. Se a alternativa tiver o Horizonte de longo prazo, e se os benefícios levarem alguns anos para surgir, cinco, seis ou sete anos, você deverá optar pela análise DCF.
Existem, no entanto, outros elementos. A descrição anterior é de uma parte da história, a financeira. Quais são os benefícios de buscar uma alternativa que alcance os objetivos não financeiros da empresa? Talvez você precise levá Los em conta na avaliação.
Há ainda o risco. Cada alternativa terá uma parcela maior o menor de risco que a outra. A alternativa que promete os retornos mais altos para o menor desembolso de investimento pode ter um risco inaceitável. Outra, que ofereça um modesto retorno para um desembolso modesto, pode ser praticamente livre de risco. Qual é o grau de risco das alternativas propostas?
É sempre bom colocar as alternativas estratégicas em uma tabela, junto com o custo de investimento benefícios anuais, retorno, benefícios líquidos, benefícios não financeiros e risco, como mostrado na Figura 48.1.
A tabela vai orientá-lo sob qual das três alternativas traz mais vantagens financeiras. A alternativa deve ser a que ofereça os mais altos benefícios líquidos e um retorno aceitável – estar sujeita às três ressalvas fundamentais anteriores sobre o valor do dinheiro no tempo.
Perceba que a alternativa com retorno mais rápido não é necessariamente a melhor. Os benefícios líquidos podem ser muito pequenos, mesmo que sejam alcançados mais rapidamente. Mas se a alternativa com retorno mais rápido não excluir a que oferece os maiores benefícios líquidos, talvez você pudesse optar pelas duas?
A alternativa da tabela que traz mais benefícios econômicos, no entanto pode ser a mais arriscada. Nesse caso, você pode escolher a que traga menor retorno, mas com risco proporcionalmente menor.
Quando usá-las
Use a abordagem de retorno somente se você se sentir desconfortável com as complexidades da análise DCF.
Quando ter cautela
A abordagem do retorno para avaliar alternativas de investimento é um atalho, uma abordagem simples. Ou seja, simplista?
Ela tem sérias desvantagens: não leva em conta o valor do dinheiro no tempo nem a possível granularidade ou risco dos fluxos de caixa anuais ponte, ignora os fluxos de caixa além do período de retorno, favorecendo os investimentos com retornos no curto prazo.
Se a sua decisão estratégica te investimento for complexa e especialmente se os benefícios demoram para se desenvolver, tome a decisão usando a análise DCF. Se você não se sentir confortável, contrate um especialista.
Por fim, não importa a abordagem que usar, a melhor alternativa financeira pode não ser a mais benéfica para a sua empresa. Ela pode trazer as implicações mais negativas para os objetivos não financeiros.
Um gráfico pode ajudar. No exemplo da figura 48.2, à estratégia alternativa A tem o maior NPV (ou benefícios líquidos se utilizarmos a abordagem de retorno). Mas também tem risco
de médio a alto e é menos benéfica para atender aos objetivos não financeiros da empresa – talvez em termos de manutenção do emprego ou cumprimento de metas ambientais. A alternativa C é a menos arriscada e está mais de acordo com os objetivos não financeiros da empresa, mas promete um benefício financeiro menor pode ser a melhor opção.
A decisão estratégica de investimento raramente vem pronta. Os dados financeiros são muitas vezes difíceis de avaliar, e, mesmo assim, poderão haver opções mutuamente excludentes entre retorno financeiro, risco e alcance de objetivos não financeiros.
A decisão é sua.
VAUGHAN (2013, p. 181/186).
Figura 48.1 A
bordagem de retorno para avaliar alternativas estratégicasFigura 48.2 Opções
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