Devemos desconsiderar a SWOT ?
A análise SWOT é onipresente. Aparecem relatórios de pesquisa de mercado, relatórios de analistas de mercado, até mesmo em relatórios de analistas financeiros de due diligence, elaborados por contadores interessados em impressionar com seus conhecimentos sobre conceitos estratégicos.
Ela é popular porque é fácil de entender e de aplicar e incentiva a reflexão de questões.
Contudo é uma ferramenta de mérito limitado. ela não fornece qualquer resposta e ajuda muito pouco em qualquer questão estratégica. Tampouco sugere que rumo tomar para encontrar uma resposta.
A Análise SWOT é uma matriz 2 x 2, com fatores interno às empresas(Pontos fortes e Pontos fracos) ao longo de uma linha, e fatores externos (Oportunidades e ameaças) ao longo ao longo de outra – ver a figura 6.1.
Em sua formulação original, na década de 1960, ela foi projetada por Kenneth R. Andrews, da Harvard Business School, para ajudar estrategistas a distinguir entre os fatores que poderiam (os internos) e os que ná poderiam influenciar (os externos). A melhora estratégia é aquela em que há ajuste estratégico entre os recursos internos ou competências da empresa e as oportunidades externas do mercado.
O resultado final pretendido vale a pena, mas a ferramenta não ajuda muito para chegar lá.
Tal como ocorre com a análise da situação(Ferramenta 5), com a qual a SWOT é por vezes combinada, a ferramenta ajuda no brainstorming de questões. Use-a se você estiver familiarizado com ela (e compreender suas limitações). Porém, existem ferramentas melhores e mais estruturadas, como a análise da questão-chave (Ferramenta 2).
Existem falhas graves na ferramenta SWOT, e ainda mais falhas na forma como ela tem sido utilizada.
O principal problema com a análise SWOT é: Ela é sensacional, mas e daí? O que podemos concluir a partir da matriz?
Na melhor das hipóteses, é uma avaliação ponderada de questões-chave para o desenvolvimento de estratégia, divididas em questões internas ou externas e benéficas ou prejudiciais à empresa.
Na pior das hipóteses, que ocorrem muito frequentemente, é um lugar para se jogar um amontoado de observações e questões aleatórias, inconsistentes e sem sentido.