79 – Estratégia como orientação ou animação (Cummings e Wilson)

A ferramenta

Você é um orientador ou um animador?
Stephen Cummings e David Wilson fazem uma interessante distinção entre a estratégia como orientação e como animação.
Ficha no primeiro grupo, eles colocam Michael Porter e suas estratégias genéricas (ver Ferramenta 45) na busca de vantagem competitiva sustentável. No segundo, colocam Henry Mintzberg e sua estratégia emergente de baixo para cima (Ferramenta 69), mais preocupada com o efeito estimulante da estratégia sobre a organização, resultando em um sentido comum divisão propósito e impulso para agir.
Chris Bilton foi além nessa distinção e examinou as implicações criativas dessas duas abordagens para a estratégia (ver Figura 79.1). A usar a estratégia para se orientar, o líder é visto como visionário. Com a estratégia como animação, o líder é um orquestrador de uma equipe visionária.
A estratégia como orientação exige o pensamento divergente. O mesmo se aplica à estratégia como animação, mas o orquestrador terá de convergir todo o pensamento divergente dos níveis mais baixos e elaborar uma estratégia coerente.

Como usá-la

Pense em como você deseja criar a estratégia em sua empresa. Você gostaria que os funcionários fossem orientados, animados ou um pouco dos dois? A estratégia poderia ser utilizada para aumentar o moral, estimular a criatividade, potencializar a produtividade, obter aprovação e adesão das pessoas?

Quando usá-la

Quando você perceber que a empresa se beneficiaria de maior envolvimento dos funcionários no processo de criação de estratégia. Isso pode ser bastante pertinente no segmento dos meios de comunicação e outros setores criativos, bem como no meu campo de consultoria de gestão e outros serviços profissionais.

Quando ter cautela

Fique atento ao antigo ditado: o conhecimento pode ser perigoso. E cuidado também para não ter caciques demais para poucos índios. Mas tem outro ditado: quanto mais gente para ajudar, melhor!

VAUGHAN (2013, p. 283/284).

Figura 79.1 Estratégia como orientação ou animação

Fontes: Adaptado de Stephen Cummings e David Wilson, Images of Strategy, Hoboken, NJ: Blackwell, 2003 e Chris Bilton, Management and Creativity: From Creative Industries to Creative Management, Hoboken, NJ: Wiley Blackwell,2007.

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