Sim, os limites do setor podem se tornar fluídos; sim, as cadeias de valor são menos rígidas. Mas isso não é novidade, e essas mudanças levam tempo. O ambiente de mercado futuro pode ser imaginado. Sua estratégia pode ser deliberada.
Sim, existem eventos Cisne Negro – nos últimos anos, houve a soberana dúvida da União Européia, O colapso bancário, Fukushima, Deepwater Horizon, Katrina, 11 de setembro – e todos esses acontecimentos desestabilizaram os planos estratégicos de muitas empresas.
Mas sempre foi assim. Para a crise da dívida soberana, leia a crise da dívida da América Latina, a crise da dívida de transporte, a crise da dívida LBO, a crise financeira do sudeste da Ásia, o estouro da bolha pontocom há anos. Ou volte ainda mais no tempo, para a Bolha dos Mares do Sul.
A estratégia não é imutável. Ela reage e evolui.
Leia Mintzberg, ele é uma lufada de ar fresco. Leia o que ele disse na contracapa de Strategy Bites Back: “Sim, a estratégia é crucial, sabemos disso. Mas por que precisa ser tão séria? Tão arrastada, sem criatividade, entediante? Livros maçantes sobre estratégia criam estrategistas maçantes que fracassam. E aqui está o antídoto”.
Se isso o deixou inspirado, permita que sua estratégia seja emergente!
Uma observação: Mark Maletz e Nitim Nohria seguiram uma linha semelhante à de Mintzberg na pesquisa de 2001 sobre “espaço em branco”, o “território grande em todas as empresas, mas na maior parte desocupado, onde as regras são vagas, autoridade é difusa, os orçamentos não existem e a estratégia não é clara – e no qual a atividade empresarial que ajuda a reinventar e renovar uma organização acontece na maior parte do tempo”. Eles descrevem como os executivos seniores devem nutrir projetos do espaço em branco, colocando de lado as técnicas tradicionais de planejamento, organização e controle implantadas no “espaço negro”. Eles permitem que a estratégia surja.
VAUGHAN (2013, p. 257/258).
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